29/10/2009

mais arte


Hanoch Piven, caricaturista sui generis

Este artista israelita há 14 anos que tem marcado publicações dos dois lados do Atlântico, como a Newsweek ou o London Times (a minha escolha do género dos artigos é absolutamente instintiva e ad hoc).

Mais sobre Piven a partir deste link.

26/10/2009

PSSST!

Coisas peludas
Embora seja ainda muito cedo para o Ano Novo (e quase igualmente muito cedo para o Natal, apesar de um passeio pelas ruas da cidade dizer o contrário!), já estou a pensar no acordo ortográfico. E estou aterrorizada. Suores frios. Nem sei se continuarei a escrever esta coluna, pois é certo e quase sabido que farei imensos erros.
Para começar, vou mentalizar-me de que terei de saltar os “c” antes dos “ç”; poderá o meu dedo rumar para o lado esquerdo do teclado, mas terei de o desviar rapidamente para o direito. Um sacrifício a vários níveis. Depois, será a queda dos “p” (nada que se compare à do império romano, mas mesmo assim inquietante) que marcará algumas palavritas, como óptimo; desconfio que o adjectivo perderá algo da sua excelência, apesar da habitual mudez do desgraçado “p”. Uma queda sentida, ali e em excepto, concepção ou Egipto, por exemplo. Se vou ficar susceptível ou suscetível, não sei, mas que vai ter efeitos, vai! Por fim vêm os acentos. Que vão deixar de ter assento em palavras como… pelo. E que pelo é este? Pós acordo, será qualquer um: o pélo do verbo pelar; o pêlo de pilosidade; e o pelo resultante de contracção de preposição com artigo. Ficam todos iguais, apesar de se aceitarem grafias duplas nos casos de variação de pronúncia. O que pode, por sua vez, originar graves discórdias: se palavras como acordos e acordes, cuja grafia claramente diferencia a leitura, já causam dissensões, imaginem agora sem acento!
Diálogo muito possível: — Pelo que acho… — Desculpe, mas está a referir-se à minha pilosidade? — Por quem sois, de modo nenhum, era a contracção. — Ah…!
Eu sou mais pela diferenciação.
Publicado no Açoriano Oriental a 25 Out 09, após interregno iniciado em Julho

08/10/2009

Saudade, que não se traduz....


Por alta recomendação (!!!), deparei-me com este artigo num site chamado The Morning News. O autor, Philip Graham, viveu um ano em Lisboa e aprendeu muito, inclusive a sentir saudade... recomendo a leitura aqui, aguçando-vos o apetite com um pequeno excerto.

"Why aren’t you listening to Portuguese music? The Portuguese are certainly listening to us. When I lived in Lisbon a couple of years ago, I visited apartments lined with shelves of American rock, folk, blues, and jazz CDs. One of the city’s main newspapers, Diário de Notícias, paid homage to the careers of American and British rock stars on their birthdays—David Bowie and Tom Waits, among others—with multi-paged inserts that included thumbnail photos of even the most obscure albums, accompanied by mini-reviews."

06/10/2009

o que leio 4


Fui mais atraída pelo nome do autor que outra coisa, mas a experiência é muito interessante: 31 Songs, de Nick Hornby. É uma colectânea de 2002, em que o autor partilha não só a escolha musical como também os sentimentos e pensamentos que cada uma dessas opções apresenta. Nick Hornby é o autor de High Fidelity e About a Boy e um dos mais respeitados criadores britânicos de hoje, defensor de causas justas. Para ler e ouvir...