27/01/2009

Cinema na Sala Dois


O cinema de qualidade está de volta!
Quero destacar o logótipo do João Pedro Vaz de Medeiros (na senda do que ele fez para o novo Solmar Avenida Center) para o velhinho Cine Solmar, agora Sala Dois.

25/01/2009

PSSST!


Como está a sua visão?
Confesso que muitas vezes tenho de parar e reflectir: é com um ou com dois? Falo da letra E nas conjugações de alguns verbos. E não me digam que tanto faz, pois VIR e VER não são a mesma coisa! Nem sequer na famosa máxima atribuída a Júlio César — «veni, vidi, vici» — os verbos se confundem… Para além da óbvia aliteração da consoante, que empresta ritmo à frase, Júlio César primeiro chegou, depois viu e só então conquistou.
Em português, a terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos ditos verbos causa alguma confusão, que é perfeitamente compreensível e que hoje me proponho aniquilar.
Para tornar o desafio mais interessante, atiro para o tabuleiro deste jogo mais alguns verbozitos da mesma terminação. Vamos contar tropas: de um lado temos as formas VIR, VER, TER, LER e CRER; do outro, as conjugações TÊM, CRÊEM, VÊM, LÊEM E VÊEM. Vamos agora cruzá-las e descobrir quem fica com quem. LER é lêem; CRER é crêem; TER é têm (acham que é do contra, este verbo?) e mais nenhum, pois “têem” não existe; VER é… rufar de tambores… vêem; e, claro, VIR é vêm. Se tiverem dúvidas, lembrem-se do latim e do Júlio César: VER nasceu de «videre» e VIR de «venire». Ficou muito mais fácil assim, não acham? Não?!? Bem, não sei o que mais posso dizer para ajudar, a não ser que podíamos associar EE a “veer”. Como em compreender! "Eexacto", é uma "beela mneemónica"! Agora ficou mais claro! E para que não faltem argumentos, podemos ainda acrescentar veemente, candeeiro, reembolso, cumeeira, neerlandês, empreendedor ou reescrever.
Se no princípio era o verbo, lembrem-se que no meio repetem o EE para que no fim possam ver. Fim.


Publicado no Açoriano Oriental a 25 Jan 09

20/01/2009

I heard it through the grapevine



São os 50 anos de Motown, a empresa discográfica que abalou o mundo norte-americano (e o resto do planeta, logo a seguir!) - por dar o destaque/sucesso merecido aos artistas afro-americanos e por inverter as regras de mercado.
O programa de celebração é extenso e pode ser consultado aqui na página especial criada para o efeito, mas gostaria de destacar alguns itens... que vamos perder... claro...
» Elvis Costello entrevista nomes como Smokey Robinson, Lou Reed ou Julian Schnabel
» Exposição no Rock and Roll Hall of Fame and Museum
Há também uma página para se escolher o TOP 5 de uma selecção de temas editados pela Motown: pode votar aqui.

Motown rules!

18/01/2009

PSSST!


Palavras a dobrar
No outro dia, à conversa com o meu amigo Mário, surgiu a dúvida: é síndrome ou síndroma? São as duas, concluímos. E concluímos bem.
Palavras com 2 (ou até 3) grafias não são incomuns em português. Assim de repente, temos os clássicos louça/loiça e todos os seus parentes com os ditongos “ou” e ”oi” — sendo que loura deve ser dos mais famosos. Por cá na ilha, o “ou” (ler bem à francesa!) está no topo da tabela. A restante lista é imensa: cabine/cabina, bêbado/bêbedo, impacte/impacto, parquímetro/parcómetro… Com o acordo ortográfico, há-de ser infinita!
Há muitos anos, em Lisboa, no meio de ensurdecedores espirros, um dos atingidos comentou que eu “espilrava” imenso. Provavelmente em resultado do espanto, o meu nariz empancou, o que me permitiu consultar o dicionário de imediato: sim senhores, espilrar existe, é uma variação popular de espirrar.
Uma breve pesquisa por diferentes fontes revela alguma falta de consenso: num dicionário, existem as versões aventesma, avantesma e abantesma; noutro, apenas aventesma e abantesma. Olhem, e o corrector ortográfico do Word só reconhece abantesma! E precariedade? Um dicionário tem esta versão e a outra: precaridade. O outro não: reconhece apenas a versão com o “e”. Sinceramente, é a que me agrada mais: se temos que viver em precariedade, que o façamos com estilo!
Para terminar, informo que o feminino de elefante é elefanta; que tanto faz dizer faúlha como fagulha; que o fruto tropical chama-se araçá e não araçal; e que os lindos e altaneiros pinheiros são araucárias — e não aerocárias, aracárias ou euracárias!


Publicado no Açoriano Oriental a 18 Jan 09

17/01/2009

You Won't Believe Your Ears!


Chama-se Binaural Recording e é o mais recente design de som, o verdadeiro som 3D, obtido através de uma técnica já usada no cinema e em DVDs (Pearl Jam, 2000), mas ainda pioneira e extremamente interessante. A minha sobrinha Brites enviou-me este "Corte de Cabelo Virtual" e vale mesmo a pena ouvir. Coloquem os headphones!

16/01/2009

Livros do Ano


Vêm aí os "Livros do Ano" da Livraria Solmar, este ano com Alexandre Pascoal, Renata Correia Botelho, Paulo Simões, Isabel Gomes e Mário Roberto. Dia 22 de Janeiro, 20h30. Não vou perder!

14/01/2009

52 Books


A Penguin criou uma lista de livros para todos os meses do ano. Estive a dar uma vista de olhos e, sinceramente, a única categoria mais interessante é a de ficar mais sábio (wise). Mas fica o link para conhecerem melhor as opções!

12/01/2009

PSSST!


Troco um J por um G
Que me perdoem os economistas e os estrategas, mas creio que já percebi o problema que aflige o comércio. E creio que tenho a solução. Porque nada adianta ao mundo saber onde está o erro e não o corrigir.
O problema está… preparem-se… é verdadeiramente revolucionário… nas palavras. Isso mesmo. É tudo uma questão de vocabulário: se LOJA é o nome do espaço e LOGISTA o dono ou gerente do espaço, o conflito daí proveniente deve ser o culpado disto tudo. Porque uma pessoa fica sem saber: são lojas ou logas? São lojistas ou logistas? Sendo logistas, quer dizer que o lado mais importante do negócio é a logística? Ou é a lógica? Se for uma loja pequenina, é uma lojeca ou uma logeca? Se for grande, é uma loja majestosa ou uma loga magestosa? E se tiver uma varanda, é uma lógia ou uma lójia?*
São tantas as vezes que a palavra lojista aparece escrita— incluindo nos órgãos de comunicação social! — com um G que só pode causar confusão. Ser G ou J junto de E e de I não é assunto fácil, mas desde já adianto que se escreve “jeito”, “laje”, “gorjeta” e “lojista”.
E os verbos? Os terminados em –JAR usam o J em todas as suas conjugações; os terminados em –GER ou –GIR assumem o J quando houver necessidade. É como no caso de monge: no feminino vira monja, mas apenas para que o som permaneça — ou então seria monga.
Para terminar, devo confessar que apanhei o susto da semana (em termos linguísticos, claro) quando estive a pesquisar para este artigo. Os nossos queridos «jeans» já têm versão portuguesa: são os jines! Acho que nunca mais vou abrir o guarda-roupa com o mesmo à-vontade…

*truque de leitura: a segunda hipótese está sempre errada


Publicado no Açoriano Oriental de 11 Jan 09

09/01/2009

Admirável marketing novo!



A esta conferência eu gostava de ir. Decorre na Exponor no dia 12 de Março e traz case studies muito interessantes, como o YouTube, o MySpace ou o Magalhães.
Mas custa, um dia apenas, 400 euros, se não contarmos com a passagem e a estada.
Vou pedir à fada do dentinho, já que o Pai Natal está a descansar e os deuses andam muito distraídos com os disparates da Humanidade (nem sei se deveria colocar o H grande...).

08/01/2009

Não vi... Mesmo!


"Trompe-l'oeil é uma técnica artística que, com truques de perspectiva, cria uma ilusão óptica que mostre objetos ou formas que não existem realmente. Provém de uma expressão em língua francesa que significa engana o olho e é usada principalmente em pintura ou arquitetura." (retirado de Wikipédia).
Pois às vezes corrigir textos é mais ou menos o mesmo, só que ao contrário: a coisa está lá mas não se vê! Estou capaz de me esbofetear! Pronto, um safanão e não se fala mais nisso! Argh!
Obrigada a quem viu.

04/01/2009

PSSST!


Desculpas, desculpas…
Isto das crónicas de jornal não é apenas para zurzir. Também há um lado útil. Como esta é a primeira do novo ano, pensei fornecer algumas boas desculpas para usar em 2009 (algumas, pois só tenho 1.500 caracteres…).
NÃO VI. Como usar? Vai aqui um exemplo: no hipermercado, na fila destinada a poucas compras, você tem uns miseráveis 4 artigos e descobre, estarrecido, que a pessoa à sua frente tem, pelo menos, 359; interpela o funcionário, que pouco diz ou faz, por educação ou receio; a dita pessoa olha para a placa e riposta, com soberba, que não viu; e adianta: “Mas se quiser passe à frente!”, sendo que você balbucia um deixe-estar-eu-espero. NÃO VI (que é primo do NÃO ME OCORREU ou do NÃO TINHA A CERTEZA) é uma excelente desculpa, serve para todas as situações, desde o simples encontrão até complexos artigos estatutários.
E se você tomar uma decisão pública muito pouco popular, vir-se sem apoios e não souber o que fazer? Ora, apoie-se na lei: A LEI PREVÊ é uma desculpa magnífica, até porque a esmagadora maioria não conhece a lei. O que não serve de desculpa…
Não vi o sinal, foi o meu colega, não nos responsabilizamos, vai ter de aguardar, não nos pagam para isso: sucesso garantido!
Mas a desculpa de estouro é — ou há-de ser, que a procissão ainda vai no adro — a crise. Se houver algum medidor para o efeito (e proponho desde já um utilíssimo «desculpómetro»), aposto que É A CRISE ganhará aos pontos qualquer outra. Use, mas cuidado, não abuse… pode ser que lhe digam a si. Excelente 2009!

Publicado no Açoriano Oriental a 4 Jan 09

01/01/2009

2009!



Que seja realmente novo e que seja realmente feliz!!!

Imagem retirada deste curioso blog.